quarta-feira, 29 de agosto de 2012

O Educador Social e o seu papel na prevenção das toxicodependências


            Face às proporções alarmantes que o fenómeno da toxicodependência tem assumindo, este tornou-se uma das principais preocupações da sociedade portuguesa. Assim, actuar no âmbito da prevenção das toxicodependências, constitui-se como uma prioridade de acção.

            Tendo em conta a necessidade expressa pela sociedade em combater este flagelo, houve uma aposta em ações preventivas nas quais podem atuar diferentes técnicos, onde se enquadra o Educador Social. Este profissional adquire uma formação teórico-prática de carácter humano, psico-pedagógico e sociocomunitário, que lhe confere uma capacidade para desenvolver intervenções intencionais e sistemáticas, de âmbito social, comunitário e preventivo nas diferentes comunidades.  

            Deste modo, no âmbito da prevenção das toxicodependências, o Educador Social é um agente de prevenção que deve assumir segundo Stel (1998:64) algumas funções básicas: a função de antena, reagindo aos sinais que recebem, identificando problemas sociais e apoiando as soluções propostas pelos próprios atores; a função experimental, procurando soluções conjuntas para problemas diagnosticados; a função enciclopédia, desenvolvendo, armazenando e divulgando a informação através de publicações e aconselhamento e desenvolvimento de redes, para possibilitar as funções anteriores os agentes de prevenção desenvolvem redes comunitárias ou juntam-se às já existentes.                                  

            O papel do Educador Social no âmbito da prevenção das toxicodependências abrange diversos contextos: a população em geral, o meio familiar, escolar, laboral e prisional, os jovens em situação de abandono escolar, grupos populacionais específicos, os espaços recreativos, de lazer e desportivos.

             Assim, é notório que a prevenção é uma área privilegiada da acção profissional do Educador Social. Esta baseia-se “…na orientação, na melhoria, no enriquecimento e nas contribuições para os processos educativos dos demais,(…) sua actividade profissional repousa nas interações com os usuários/as dos serviços aspetos que requerem não apenas o conhecimento de técnicas, recursos e métodos como também, e principalmente, a capacidade de empatia, escuta e resposta em sua relação profissional.”[1]

Autora: Joana Botas

(Licenciada em Educação Social)


[1] ROMANS, Mercè; PETRUS, Antoni e TRILLA, Jaune (2003) Profissão: Educador Social, Porto Alegre: Artmed, p. 128

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