sexta-feira, 24 de agosto de 2012

O Educador Social nas dinâmicas de grupo nos Adultos


As dinâmicas são instrumentos e ferramentas muito importantes para os adultos na medida em que se enquadram dentro de um processo de formação e organização, que possibilitam a criação e recriação do conhecimento.

As dinâmicas de grupo para a população adulta são instrumentos utilizados para variadíssimos fins, como em casos de estudo para processos de grupo, na qual se deposita grande confiança neste tipo de métodos de discussão informal para a aprendizagem do comportamento dos grupos, na qual uma das razoes é que, pela sua experiencia no seio do grupo, o individuo descobre as relações intimas e complexas que existem entre os diversos fenómenos da vida de grupo.

Quanto às relações interpessoais na qual são fundamentais ao adulto quer a nível pessoal quer a nível profissional, e na qual tantas vezes alguns adultos são confrontados ao longo da sua vida com a verdadeira dificuldade de progredir por falta de conhecimento a nível de interação de grupo e como interagir com pessoas, aqui as dinâmicas de grupo tem um papel fundamental.

Quanto às dinâmicas de grupo para adultos é muitas vezes referido métodos de formação, ou seja, modelos de formação pessoal ao longo da vida e desenvolvimento inter-relacional, na qual a investigação educacional revela que os esquemas conceptuais tendem a ser desenvolvidos, através de informações que vão recebendo continuamente, assim as dinâmicas de grupo para os adultos não são mais que formar o próprio crescimento e desenvolvimento individual, preparando para a mudança para o desconhecido e para o trabalho em grupo.

Quanto á abrangência das dinâmicas de grupo, é de realçar as que mais se enquadram nas dinâmicas de grupo para adultos uma vez que são frequentemente trabalhadas como a importância da coesão e coerção, a pressão social, a atracão e a rejeição, a resistência á mudança e a interdependência.

Citando Kurt Lewin, o espaço psicológico é a totalidade dos fatores psicológicos que afetam um indivíduo num determinado momento da sua vida, esse espaço psicológico foi conceptualizado de acordo com uma topologia geométrica na qual as relações espaciais são representadas de uma forma não métrica. O campo psicológico do adulto é assim constituído pela família, escola, amigos, trabalho, aqui o comportamento do adulto vai depender das mudanças que ocorrerem nesse campo ou seja, no seu espaço de vida num determinado momento.

Assim, as dinâmicas de grupo nos adultos, vão consistir no estudo das interações entre os diferentes membros de um grupo não esquecendo a participação dos membros nas decisões e soluções dos problemas e na natureza dos grupos, a sua constituição a sua estrutura o seu funcionamento e por fim os seus objetivos, assim, o comportamento do indivíduo depende do sujeito, enquanto pessoa e do seu espaço de vida.

Para os adultos uma necessidade social que evidenciam maior parte das vezes é a importância da motivação.

Quanto a (Fachada, 2001), para este autor, as necessidades dos sujeitos estão hierarquizados de acordo com o seu grau de importância, na qual foca, as necessidades fisiológicas, na qual são vitais para o adulto, também as necessidades de auto-realização que estão relacionadas com a competência e a realização profissional. As necessidades de segurança, as necessidades sociais na qual estão relacionadas com a pertença e participação em associações e grupos onde existem sentimentos de amizades e afetos. Assim, uma das dinâmicas para a população adulta mais importante para explicar variadíssimas vezes o comportamento é sem dúvida a motivação.

Para o adulto o facto de se encontrar motivado ao longo da sua vida é fundamental na medida em que existe uma necessidade que gera um impulso ou motivo, por sua vez este motivo, vai mobilizar as energias do adulto no sentido de procurar o objeto ou objeitos que satisfaçam as necessidades e desta forma vai-se atingir o objetivo, logo o adulto tem a sua necessidade satisfeita. Quando o adulto não consegue satisfazer as suas necessidades ou desejos, existe desde logo uma associação entre a motivação e a frustração na qual poderá ser entendida essa frustração como um bloqueio da satisfação de necessidade ou motivo, e dai muitas das vezes a necessidade do adulto recorrer às dinâmicas de grupo para poder ultrapassar com sucesso as suas frustrações.

A coesão do grupo é um conjunto de forças que atuam sobre os membros do grupo, os elementos que constituem o grupo devem sentir alguma atracão entre si, mantendo uma boa relação.

A coesão do grupo vai assim permitir que os elementos do grupo permaneçam juntos, que confiem e sejam leais entre si, que se sintam seguros, que se deixem influenciar, que aumente a satisfação entre os elementos do grupo á medida que o trabalho se desenvolva e que haja interação.

É assim fundamental a um adulto saber estar, saber interagir, saber comunicar em grupo dai a importância das dinâmicas ao longo da vida.

Como dinamizador de grupos podemos encontrar Educadores Sociais, Psicólogos, Animador, entre outros. O papel é comum a todos, pois é através da sua prática e formação que tem como missão e responsabilidade a condução e a orientação do grupo, motivá-lo e levá-lo até à realização dos fins a que se sugere.

É de extrema importância ao aplicar-se uma dinâmica que todo o processo tenha uma sequência lógica de fácil perceção para o grupo.

Quanto ao papel do educador social nas dinâmicas de grupo para adultos, este é de importância acrescida, pois é um técnico de referência, é ele que dá rendimento à capacidade educativa do grupo, tornando-se essencial na maioria dos casos. É nesta figura que se focaliza a responsabilidade de conduta, motivação e realização dos termos a que sugere o grupo, este profissional vai ajudar na promoção de mudanças sociais necessárias na comunidade onde insere a dinâmica.

Por ter um perfil facilitador e de mediador, e principalmente ser um profissional da condição humana, ajusta-se assim de forma bastante qualificada.

O educador social “assume na relação o duplo estatuto de algum que está diretamente implicado e, ao mesmo tempo, impedido de tomar partido ou de dar a solução. Cabe-lhe, sobretudo, escutar e estar atento, criando situações de encontro e de proximidade favoráveis à emergência de respostas pessoais por parte dos educandos, os verdadeiros protagonistas da ação.” (Carvalho, 2004 O Educador como ator e mediador social, p.93, em Educação Social: Fundamentos e Estratégias).


Se a vida é como um jogo, que tal jogar uns com os outros em vez de uns contra os outros?

Competir é importante. Perder ou ganhar, o que interessa é jogar! Como é que se pode ter uma crença assim? Ganhar, traz alegria. Perder, traz tristeza. Não pode ser a mesma coisa é necessariamente diferente. O jogo é alegria. Mas cooperar é fundamental!

Permite o aperfeiçoamento das relações interpessoais e de grupo das organizações. Envolvidos por desafios cooperativos os jogadores são motivados a expandir o grau de sinergia e gerar novas estratégias para solucionar conflitos, realizar metas comuns e compartilhar o sucesso. São instrumentos de autoconhecimento. Quando sentimos o suporte emocional nós e os outros, sentimos mais força e a capacidade de realizar a fusão do espaço e do tempo característico da ação motora, da atividade física e desportiva – saltar mais alto, correr mais tempo …

(Campos. C., 1999)

AUTORA: Sandra Afonso

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